Os parentes, aos quais ele mais servira, moravam em regiões distantes e pareciam haver perdido a memória...Sem ninguém que o auxiliasse, passou a viver da caridade pública, mas, quando esmolava, caiu na via pública e quebrou uma das pernas, sendo obrigado a recolher-se à cama por longo tempo.
Chorando, amargurado, fez uma prece e rogou a Deus alguma consolação para os seus males.Então, dormiu e sonhou que um anjo lhe apareceu, trazendo a resposta pedida.O mensageiro do Céu conduziu-o até o antigo forno em que trabalhava, e, mostrando-lhe alguns formosos vasos de sua produção, perguntou:- Como é que você conseguiu realizar trabalhos assim tão perfeitos?O oleiro, orgulhoso de sua obra, informou:- Usando o fogo com muito cuidado e com muito carinho, no serviço da perfeição. Alguns vasos voltaram ao calor intenso duas ou três vezes.- E sem fogo você realizaria a sua tarefa? - indagou, ainda, o emissário.- Nunca! - respondeu o velho, certo do que afirmava.
- Assim também - esclareceu o anjo, bondoso -, o sofrimento e a luta são as chamas invisíveis que Nosso Pai Celestial criou para o embelezamento de nossas almas que, um dia, serão vasos sublimes e perfeitos para o serviço do Céu.Nesse instante, o doente acordou, compreendeu a Vontade Divina e rendeu graças a Deus.
Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.
19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB.
* * * Estude Kardec * * *
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