Por Rogério Coelho
“(...) E apareceu-Lhe um anjo do Céu, que O confortava”. – Lucas, 22:43.
Por heranças oriundas do caldo cultural judaico-cristão, inúmeras criaturas, e até mesmo muitos que se dizem espíritas, possuem ideias equivocadas a respeito do que se convencionou chamar “Anjo de Guarda”.
Seria um papel extremamente fastidioso, em especial para um Espírito Superior, estar de guarda todo o tempo, acompanhando de perto o seu tutelado, em geral um ser indisciplinado, alienado, sem descortinos espirituais...
Na verdade, ele recebe a missão à semelhança de um pai ou mãe em relação aos filhos: para guiar o seu protegido pela senda do bem, dar-lhe conselhos, consolá-lo nas aflições e levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.1
Mas, por acaso, os pais ficam vinte e quatro horas ao lado dos filhos?!
São Luís explica2: Mesmo estando o Espírito Protetor a muitos milhões de léguas distante de seu protegido, não deixa de oferecer-lhe ajuda todas as vezes em que ela se fizer necessária, pois as distâncias, por maiores que sejam, nada são para os Espíritos.
Kardec ensina2:
“(...) Nada tem de surpreendente a doutrina dos anjos guardiães, a velarem pelos seus protegidos, malgrado a distância que medeia entre os mundos. É, ao contrário, grandiosa e sublime. Não vemos na Terra o pai velar pelo filho, ainda que de muito longe, e auxiliá-lo com seus conselhos correspondendo-se com ele? Que motivo de espanto haverá, então, em que os Espíritos possam, de um outro mundo, guiar os que, habitantes da Terra, eles tomaram sob sua proteção, uma vez que, para eles, a distância que vai de um mundo a outro é menor do que a que, neste planeta, separa os continentes? Não dispõem, além disso, do fluido universal, que entrelaça todos os mundos, tornando-os solidários; veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós, o da transmissão do som?”
Ainda com o Mestre Lionês aprendemos3: “(...) Além do Anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre amigos, ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida.
(...) Deus, em o nosso Anjo guardião, nos deu um guia principal e superior e, nos Espíritos protetores e familiares, guias secundários”.
Onde quer que estejamos, tenhamos a certeza de que receberemos sempre a assistência e o carinho de nossos irmãos maiores da Espiritualidade.
Sem embargo, devemos entender que esses amigos espirituais, mesmo sendo respeitáveis vexilários do bem, têm as suas limitações e, tal como nós, vão escalando os planos superiores da vida até lograrem alcançar, em segurança, a meta assinada pelo Pai Celestial para todas as Suas criaturas.
Enquanto estamos a caminho, eles serão os braços do Cristo a oferecer-nos o apoio necessário para os nossos passos claudicantes na senda do Bem.
1 - KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. 88.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 491.
2 - Idem, ibidem, q. 495.
3 - KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio: FEB, 2009, cap. XXVIII, item 11.
“(...) E apareceu-Lhe um anjo do Céu, que O confortava”. – Lucas, 22:43.
Por heranças oriundas do caldo cultural judaico-cristão, inúmeras criaturas, e até mesmo muitos que se dizem espíritas, possuem ideias equivocadas a respeito do que se convencionou chamar “Anjo de Guarda”.
Seria um papel extremamente fastidioso, em especial para um Espírito Superior, estar de guarda todo o tempo, acompanhando de perto o seu tutelado, em geral um ser indisciplinado, alienado, sem descortinos espirituais...
Na verdade, ele recebe a missão à semelhança de um pai ou mãe em relação aos filhos: para guiar o seu protegido pela senda do bem, dar-lhe conselhos, consolá-lo nas aflições e levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.1
Mas, por acaso, os pais ficam vinte e quatro horas ao lado dos filhos?!
São Luís explica2: Mesmo estando o Espírito Protetor a muitos milhões de léguas distante de seu protegido, não deixa de oferecer-lhe ajuda todas as vezes em que ela se fizer necessária, pois as distâncias, por maiores que sejam, nada são para os Espíritos.
Kardec ensina2:
“(...) Nada tem de surpreendente a doutrina dos anjos guardiães, a velarem pelos seus protegidos, malgrado a distância que medeia entre os mundos. É, ao contrário, grandiosa e sublime. Não vemos na Terra o pai velar pelo filho, ainda que de muito longe, e auxiliá-lo com seus conselhos correspondendo-se com ele? Que motivo de espanto haverá, então, em que os Espíritos possam, de um outro mundo, guiar os que, habitantes da Terra, eles tomaram sob sua proteção, uma vez que, para eles, a distância que vai de um mundo a outro é menor do que a que, neste planeta, separa os continentes? Não dispõem, além disso, do fluido universal, que entrelaça todos os mundos, tornando-os solidários; veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós, o da transmissão do som?”
Ainda com o Mestre Lionês aprendemos3: “(...) Além do Anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre amigos, ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida.
(...) Deus, em o nosso Anjo guardião, nos deu um guia principal e superior e, nos Espíritos protetores e familiares, guias secundários”.
Onde quer que estejamos, tenhamos a certeza de que receberemos sempre a assistência e o carinho de nossos irmãos maiores da Espiritualidade.
Sem embargo, devemos entender que esses amigos espirituais, mesmo sendo respeitáveis vexilários do bem, têm as suas limitações e, tal como nós, vão escalando os planos superiores da vida até lograrem alcançar, em segurança, a meta assinada pelo Pai Celestial para todas as Suas criaturas.
Enquanto estamos a caminho, eles serão os braços do Cristo a oferecer-nos o apoio necessário para os nossos passos claudicantes na senda do Bem.
1 - KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. 88.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, q. 491.
2 - Idem, ibidem, q. 495.
3 - KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio: FEB, 2009, cap. XXVIII, item 11.
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